A renovação permanente da vida e o ser humano como a verdadeira jóia do universo, inspiraram a criação dos colares egípcios e dos bustos do MUM
Assim como cada detalhe da vestimenta de quatro mil anos de moda está retratado nos manequins desde a antiguidade até o século XXI, os complementos que compõem uma a uma das eras, também podem ser vistos integrando as vestes das respectivas épocas reproduzidas no museu. Entre estes elementos, estão as gargantilhas da rainha, a princesa e a dama egípcias, nas vitrines internas, além dos bustos que compõem a fachada e estão localizados nas janelas da entrada ao prédio. Os responsáveis por essas verdadeiras obras de arte são os artistas Juan Motta e Rosa Groisman.
Os colares egípcios reconstroem as formas arredondadas representativas do sol e dos ciclos da vida, com uma releitura da matemática e da geometria sagradas relacionadas ao número das estações do ano e outros símbolos próprios desta civilização. Desta maneira, os artistas aliaram significados primitivos e profundos à beleza estética.
Nos bustos, a inspiração do Juan reflete, como ele diz, “a vontade de destacar o ser humano como sendo a verdadeira jóia que transita a história, sendo a moda de cada época uma expressão única dessa aventura. Assim, os bustos, com sua riqueza de formas é como se fossem rios de possibilidades em ebulição, cheios de curvas e cores colocadas sobre uma trama, deixando em aberto que a criação foi, é e será um processo eterno de renovação”.
Rosa conta que o trabalho realizado por eles para o MUM, foi estimulado pela oportunidade de pesquisa junto à Milka sobre as vestes, costumes e simbologias apresentadas nos livros sobre o Egito, unidas à trajetória do Atelier Arte em Vidro – Glass Art de mais de 40 anos -, que começou na Argentina e continua em Porto Alegre, desde 1979. Eles realizam obras em vitrais, esculturas, murais e jóias.
“Nesta oportunidade, (salienta) associando as técnicas do vitraux e da joalheria, com o uso de vidros especiais de fundição própria, metais (latão, aço inox, cobre, estanho e chumbo) e pedras preciosas, lapidadas e polidas com máquinas de joalheria, fomos fazendo as esculturas “Rio da Vida I” e “Rio da Vida II” e os colares que foram confeccionados dos tamanhos exatos para cada manequim. Foi brincando com as cores e os brilhos das pedras, vidros e dos metais, diferentes para cada um dos personagens, que fomos definindo as formas e as peças, uma a uma”, finaliza a artista.
Um terceiro item que vai surpreender os visitantes,são as jóias e souvenirs que estão sendo desenvolvidas por eles e estarão a disposição na loja do Museu da Moda, e também o vídeo que mostra o processo criativo deles.
Jornalista Andréa Spalding
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